quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Speed Rock (parte 1)

O Speed Rock, conhecido no Brasil como tiro de entrevista, é um técnica antiga.

Se você observar com atenção verá que ela se parece (não é igual) com a forma como os cowboys duelavam nos filmes de faroeste. O que nos leva ao FBI Crouch, Applegate stance.

O nome revela a essência do seu funcionamento: você saca, gira ("rock") a arma enquanto inclina ("rock") o corpo pra trás e dispara com ela na lateral do quadril, tudo bem rápido (speed).

Já o nome Tiro de Entrevista remete à proximidade entre o policial e o suspeito: a distância de uma conversa.

Apesar de antiga, o estilo se popularizou recentemente nas redes sociais e em muitos cursos. Quando surgiu, o objetivo era criar uma solução pro uso da arma ostensiva numa condição de curtíssima distância (até um braço).

Conheci a técnica em 2005 e, desde então, a pratiquei e inclui nos treinos.

Acontece que com o tempo, a observação, o aprendizado e a autocrítica, percebi que o procedimento é tecnicamente fraco.

Como diz amigo: "É uma técnica específica pra uma situação específica."

Isso não quer dizer que o Speed Rock é uma aberração a ser erradicada, mas é algo que pode ser usado como último recurso, quando o policial não tem mais pra onde ir numa situação de contato físico.

Simplesmente dar um "dedada" no rosto do alvo e aplicar o Speed Rock é uma simplificação da técnica, que não leva em consideração os problemas das ocorrências de curtíssimas distâncias (fundamentos do tiro e do combate corpo a corpo).

Como eu disse, precisamos maximizar nossas habilidades, por isso toda técnica precisa ser treinada. Umas mais outras menos.

Saiba o porquê das coisas e pergunte ao instrutor ou vice-versa. Não se iluda com o "timer" e o tempo que o instrutor leva pra completar a técnica. Quando a ameaça está colada em você, o tempo pode ter relevância menor que a dissimulação, a obediência estratégica e a paciência.

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