segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

A vida sobre as coisas (parte 2).

Continuação do post anterior...

Se você acredita que pode vencer, precisa vencer. Quando você saca uma arma é uma decisão sem volta.

E você precisa vencer, não por causa da vontade de prender o ladrão ou recuperar as coisas da vítima, mas por causa do amor pela própria vida e de sua família. Por causa dos seus planos e sonhos.

Então você tem que vencer. Portanto, lembre-se:

1) Nem sempre a primeira resposta é a sua arma.
2) Se for, reaja à distância.
3) Se for a curta distância, afaste-se em seguida.
4) Não se aproxime da área de perigo, aquela dominada pelo ladrão (mesmo se ele estiver caído).
5) Não pise no bandido, mesmo se ele estiver ferido. Não ajoelhe sobre ele, não se assente sobre ele.
6) Longe é bom, perto é ruim. A distância favorece o policial treinado. A proximidade favorece o amador. Acredite e treine!
7) Busque proteção (barricada) antes ou depois, mas busque proteção. Sem proteção, mantenha distância.
8) Se o ladrão atirou e você recuou e se protegeu, não entre na linha de tiro de novo.
9) Fatiamento não é apenas pra operações especiais ou ambientes confinados. Você pode fatiar o local atrás de um poste, uma árvore, um carro, um muro, uma beira de porta de loja, uma esquina.
10) Só porque você perdeu contato visual não significa que o criminoso deixou o local.

Finalmente, cabe uma reflexão:

Será que acreditamos que podemos vencer sempre e por isso reagimos sempre ou vice-versa?

A possibilidade de perder pode frear o ímpeto policial?

A chance de ganhar pode fazer com que ele assuma riscos adicionais?

É a ideia da mentalidade de combate, se sobrepondo a de sobrevivência, que força o policial a reagir se jogando (precipitando) na ocorrência?

E peço que você avalie seu comportamento pra que não tenhamos que enterrar colegas todos os dias.

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