domingo, 11 de novembro de 2018

Porta algemas (parte 1)

Recentemente vi o anúncio de um porta algema c/ retenção por presilha plástica. O equipamento estava preso ao cinto e posicionado nas costas do operador (altura da coluna vertebral). Neste post, vou tratar das retenções de um porta algemas. No post seguinte, sobre o posicionamento correto.

Existem vários modelos, e a escolha tem relação c/ a preferência pessoal e a padronização do cinto de guarnição.

Cito os de polímero (Fobus), os termoplásticos (Kydex), os de nylon (Blackhawk/Cordura), os trilaminados e de couro (Safariland). As retenções variam:

1) Moldado/pressão - o molde prende a algema por pressão.
2) Botão - uma tampa envolve, fecha e trava a algema por um botão de pressão; o botão pode ser visível ou não.
3) Velcro - substitui o botão.
4) Tira flexivel com botão.

Nesses modelos, uma característica comum: a capacidade para liberar a retenção com só uma mão. O uso da algema se dá, muitas vezes, em situações de conflito aonde o estresse e a urgência estão presentes. Isso significa que as habilidades motoras fina e complexa (que exige a coordenação dos dedos e mãos; e envolve múltiplos componentes) estão em declínio. Por isso o equipamento policial deve favorecer a simplicidade no manuseio.

As retenções por molde, botão e velcro permitem que o policial use todos os dedos de uma vez, da maneira que for viável (uso "bruto"), para pegar a algema.

Isso implica que uma retenção por presilha "macho e fêmea" não funciona, pois exige um tipo de coordenação motora não disponível (os dedos polegar e indicador devem exercer pressão simultânea nos dois lados da presilha). Mas o policial não algema o agressor só depois de controlar a situação?! Nem sempre! Por isso todo equipamento TEM a obrigação de ser funcional nas piores ocorrências.

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