A DOR é um sinal de alerta para chamar a atenção
para um ferimento ou mau funcionamento em alguma parte do corpo. Apesar
de desconfortável, a dor, por si só, não é prejudicial ou perigosa.
Numa
situação extremamente grave, a dor pode, inclusive, não ser sentida.
Entretanto a sobrevivência do policial DEVE TER PRIORIDADE SOBRE SEU
ÍMPETO DE CEDER À DOR.
A função biológica da dor é proteger uma parte do corpo lesionada, alertando o indivíduo para que descanse ou evite usar aquela parte do corpo. Em uma situação de sobrevivência, os avisos normais de dor podem ser ignorados, a fim de que sejam atendidas outras necessidades mais importantes. Não são raros os casos de pessoas que lutaram mesmo com a mão fraturada; que fugiram correndo com um tornozelo torcido ou quebrado ou que ignoraram a dor durante períodos de raiva, intensa concentração e esforço determinado. Tanto a concentração quanto o esforço intenso podem, na verdade, parar ou reduzir a sensação de dor.
Assim, o policial deve compreender as questões relacionadas com a dor. E apesar de senti-la, ele deve seguir em frente se pretende continuar vivo. A dor pode ser reduzida pela compreensão de sua natureza e origem; reconhecendo-a como um desconforto a ser tolerado; concentrando-se nas necessidades da ocorrência, tais como: observar, planejar, decidir e agir. Quando as metas pessoais são muito valorizadas, um sobrevivente pode tolerar quase tudo.
O medo e a dor podem ser tolerados se a vontade de seguir em frente for mais forte.
A decisão de que esse é o caminho a ser percorrido abre as portas para o aprimoramento por meio da capacitação qualificada. Quanto mais rusticidade e habilidades o policial possui, maior sua resistência em um evento de risco. É importante ter confiança na capacidade profissional se o policial pretende superar o medo em um conflito.
Trecho do livro Sobrevivência Policial (www.clubedeautores.com.br).
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