segunda-feira, 15 de junho de 2020

Spray de gengibre contra faca?!

Num post no Instagram, eu mencionei o uso da viatura como meio menos letal contra indivíduos com faca.

Disse que opções, como o Taser ou a espingarda com munição menos letal, eram viáveis em sujeitos identificados como "incapazes" de atacar, tendo na distância uma aliada (como no vídeo).

É claro que essas opções podem falhar. Daí a importância da distância e da cobertura de fogo.

Chamou minha atenção a menção à "Regra dos 21 pés" de Dennis Tueller (6,4 metros).

Mas não se iluda com isso, pois o pesquisador disse que essa distância insere o policial no limite da zona de perigo.

Recomenda-se 10 metros de distância (ou mais) do suspeito e a cobertura de policiais armados.

Mais uma vez, não entenda essa distância (10m) como regra, pois a dinâmica da ocorrência tem impacto na forma como o policial pode se posicionar.

Tenha em mente que você precisa duma distância que ofereça a melhor segurança possível, e um caminho livre (se possível).

Como diz meu grande amigo: "Regra foi feita pra ser quebrada; princípio existe pra ser seguido!"

Outro comentário chamou a atenção, na verdade um anúncio de um produto (que não possui o endosso do perfil). Nele consta que o uso de um spray não letal em jato direcionado (com alcance de 5 metros) permitiria incapacitar o indivíduo com segurança.

Em relação ao indivíduo do post anterior é uma possibilidade, não uma certeza. O uso de tonfas, bastões retráteis e sprays não são recomendados e a razão é simples: todos eles exigem proximidade.

Se na década de 80, o sargento Dennis Tueller tratou a distância de 6,4m como algo perigoso, não é aconselhável sugerir que o policial fique a 5 metros.

Policiais, instituições e empresas precisam avaliar suas políticas de uso da força, bem como os equipamentos que compram e vendem.

Não se pode esperar que um produto supere sua própria capacidade de aplicação, pois isso coloca todos em risco.

Um comentário:

  1. De regra geral oque mais vejo falhar é a cobertura pois tem que ser ostensiva e sem vacilo muitos morrem por temer as consequências da lei precisamos rever urgentemente as políticas de segurança pública e privada

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