quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Fez o que era certo

- A arma é de brinquedo, o Taser não tem bateria, a faca é de plástico e a gasolina é guaraná!
- Você tem certeza?
- Acho que sim...talvez!

Quando vidas estão em risco, ainda mais quando são 37 vidas (e 37 famílias), a polícia não pode se dar ao luxo de estabelecer um nível mais baixo de força. Até porque testemunhas de eventos estressantes têm dificuldade para observar e informar com precisão os acontecimentos que vivenciaram.

Portanto, a polícia precisa estabelecer um nível de força capaz de preservar as vidas dos inocentes (mesmo que outra vida tenha que ser tomada). A motivação do criminoso pode ajudar o negociador a dar um norte na condução do processo.

Mas a natureza dessas ocorrências talvez permita que a polícia colete fragmentos de dados depois. E então, no futuro, isso pode ajudar o país a compreender todo o contexto.

Contudo, o importante é o que se pode fazer AGORA. E considerando que o criminoso já havia deixado o ônibus e retornado pro seu interior algumas vezes, é de se imaginar que sua arrogância e confiança estivessem aumentando. Bem como o medo, a raiva e seu grau de violência por se supor num beco sem saída.

Então o colega, de cima de uma viatura do Corpo de Bombeiros, fez o que era certo: impediu que o criminoso retornasse para o ônibus carregando um nível ainda mais elevado prepotência.

A decisão de provocar o mal, invisível aos olhos de todos, não poderia entrar naquele ônibus de novo.

E a história policial nacional tem mostrado que a hesitação nesses casos carrega consequências trágicas para as vítimas. - Mas foram vários disparos!

Esse é um julgamento que cabe ao policial que está na ocorrência e atrás do aparelho de pontaria.

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