Dizem que "conhecimento é poder". E a autocrítica?
O
dicionário informa que a autocrítica é "o processo de análise crítica de
um indivíduo (ou, coletivamente, de uma sociedade ou instituição) sobre
seus próprios atos, considerando principalmente os erros que
eventualmente tenha cometido e suas perspectivas de correção e
aprimoramento."
Considerando seu significado, é possível afirmar que "autocrítica também é poder".
Talvez
a autocrítica seja até mais poderosa que o conhecimento adquirido pelas
vias normais (livros, vídeos, aulas, etc). E a razão é simples: quando
você é capaz de avaliar seus erros e propor mudanças, você está
aprendendo e melhorando com base na sua própria experiência.
E a
experiência é importante porque ela é sua. E um estudo de caso nada
mais é do que a análise duma experiência própria ou alheia como uma
proposta de avanço para todos os policiais.
Mas a autocrítica é
um TABU nacional. Por isso dirigimos viaturas que não servem pro
trabalho policial; usamos armas inseguras; adotamos procedimentos
inadequados; usamos uniformes e equipamentos ruins, etc.
Todos os dias:
1) Policiais são mortos ou feridos em confrontos.
2) Morrem em acidentes.
3) Tiram a própria vida.
4) São forçados a usarem a força letal.
5) Uma arma estraga.
6) Etc.
Como podemos melhorar, se preferimos varrer nossos erros pra debaixo do tapete!?
Produzimos dados TODOS OS DIAS. Mas não produzimos CONHECIMENTO porque recusamos o poder da autocrítica.
Aprendi,
pela experiência, que uma conversa sincera e altruísta gera mais
resultado que um processo disciplinar e uma punição. Porque a primeira é
uma demonstração de LEALDADE e PREOCUPAÇÃO FRATERNA.
Mas cada
um tem o poder da escolha. Eu escolhi o poder da autocrítica e a
salvaguarda dos colegas. Outros preferem não enxergar. E você?