Ser
uma pessoa assertiva significa ser firme com o propósito de manter-se seguro.
Funciona quando você defende seu espaço (mental e físico) sem recuar e sem
agredir alguém; quando você se sente bem ao dizer sim ou não; quando você sabe
que não precisa dar satisfações a todas as pessoas por tudo aquilo que faz.
As
pessoas assertivas lidam com os conflitos com mais facilidade e satisfação;
sentem-se menos estressadas; adquirem maior confiança; agem com mais tato;
melhoram sua imagem e credibilidade; expressam seu desacordo de modo
convincente, mas sem prejudicar o relacionamento pessoal; resistem às
tentativas de manipulação, ameaças, chantagem emocional, bajulação, etc.;
sentem-se melhor e fazem com que os outros também se sintam melhor.
Se
você não é uma pessoa assertiva, procure oportunidades para exercitar essa
qualidade. Reclame de um produto ou serviço ruim; exija um desconto na sua
próxima compra; expresse sua opinião sincera naquelas circunstâncias em que
você normalmente não faria isso; diga não e agradeça, sempre que alguém lhe
oferecer um produto ou serviço do qual não precisa.
Lembre-se
que nada disso significa ser rude, combativo, ser dono da razão ou ter a última
palavra. Talvez um dos maiores erros que as pessoas comentem em relação à
assertividade e à agressividade é não saber a diferença entre uma reclamação e
uma crítica. Você tem o direito de apresentar uma reclamação legítima, mas não
tem o direito de criticar. Reclamações são tentativas de resolver um problema;
críticas são ataques. Uma reclamação faz referência a um assunto urgente que
precisa ser negociado e resolvido. Enquanto que uma crítica é um ataque que é
insolúvel no momento, normalmente referindo-se a algo do passado ou a alguma
característica pessoal de alguém. Ao fazer uma crítica, você permite que a
outra parte faça o mesmo em relação a você, dando início a escalada de uma
discussão que pode levar à violência. Um exemplo dessa diferença é uma
reclamação do tipo: ”Você não está me tratando bem...” Isso define um problema
e um fato, abrindo as portas para uma negociação e a chegada a um termo comum.
Mas uma crítica encerra essas possibilidades: “Você é mal-educado...”
A
prática da assertividade melhora sua autoconfiança e estabelece um perfil de
não-vítima.
Portanto,
pratique a assertividade nos pequenos acontecimentos do cotidiano. Por exemplo,
você parou seu carro no semáforo e não subiu o vidro. Um mendigo, vendedor ou
“panfleteiro” se aproxima e lhe pede ou oferece algo que você não quer. Então,
faça contato olho no olho e diga: não, obrigado! Você não precisa sorrir, não
precisa se justificar nem inventar desculpas. Sua resposta padrão deve ser
sempre esta: NÃO!
Em
março de 2009, a
advogada A.K.S.P. atendeu um desconhecido que havia tocado o interfone. O homem
se identificou como pastor e perguntou se a advogada acreditava em Deus. Ela respondeu
afirmativamente, e então o homem pediu que ela abrisse a portaria para que ele
realizasse a pregação. A advogada simplesmente disse a frase padrão: não,
obrigada! (Uberlândia/MG).
Algumas
pessoas acreditam que isso não é correto e nem educado, mas a verdade é que
você não pode acreditar nas histórias que ouve de pessoas desconhecidas, muito
menos acreditar que todas elas são bem intencionadas. Lembre-se, a sua
segurança vem em primeiro lugar.
*Trecho do livro
Autodefesa Contra o Crime e a Violência.