segunda-feira, 15 de junho de 2020

O melhor é o que você tem na hora.

Às vezes me perguntam sobre o melhor calibre de arma CURTA.

Apesar de saber da importância da pesquisa no Brasil, tenho a percepção que estamos num caminho inconclusivo, pelo menos agora.

Explico: estamos testando produtos INDISPONÍVEIS e sobre uma plataforma que serve só pra comparativo entre munições.

A gelatina balística (com ou sem anteparos de madeira, metal, têxteis) só é capaz de avaliar penetração, expansão, fragmentação, perda de massa, perfil de lesão, etc.

Sei que as polícias só possuem esse meio de teste, pelo menos as que testam algo.

Mas a gelatina não se comporta como um ser humano. Assim, o teste não pode ser o único indicador de incapacitação do alvo.

Se não carregamos armas pela boca do cano e se não confrontamos hordas de inimigos, em tese, não precisamos do ÚNICO tiro milagroso.

O que conta é o ALVO, o ponto de impacto e quantas vezes esse local é atingido.

Por isso os carregadores tem alta capacidade e portamos mais de 1 ou 2 deles. Por isso o policial não deve trabalhar só. E aonde ele for, deve haver uma arma longa também.

Contudo, sempre que o policial atira contra o agressor, um dado sobre efetividade de munição é produzido. Mas não coletamos e transformamos isso em conhecimento.

Então não há resposta científica pra pergunta.

"Você tá dizendo que posso usar um .22 LR pra defesa?" Eu não disse isso. Mas pra você acertar o alvo várias vezes na mesma região é preciso treino correto. E não importa se o calibre é 9mm Luger, .40 S&W, .45 ACP, se o projétil é expansivo ou ogival, se a carga é +P ou +P+.

Num vídeo de uma reação policial, a vítima só teve tempo de acertar 1 tiro (.40 S&W) no tórax do ladrão, que correu cerca de 220 metros em 1 minuto antes de cair e morrer. O que o criminoso seria capaz de decidisse ficar e lutar?

Você pode testar e sonhar com uma Lamborghini, mas na hora de dirigir, precisa tirar o melhor proveito do que está na sua garagem!

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