Ando com saudades dos anos 70 e 80.
Não
julgo a tecnologia e o conforto do século XXI. Lembro da simplicidade
das relações humanas e a percepção de que as coisas estavam no lugar,
mesmo com alguma imperfeição.
E como policial defendo o trabalho
dos colegas, aqui ou em qualquer lugar, e indico pontos que podem
melhorar, guardada minha insignificância no contexto geral.
Para
algumas pessoas, a ocorrência que ilustra o texto sugeriu hesitação,
falta de atenção, uso incorreto das tecnologias menos letais e outras
coisas.
O fato foi em junho de 2020, mas o vídeo não foi exposto porque a
defesa do indivíduo alegou que a polícia criaria uma imagem do cliente
como se ele fosse um assassino frio. Daí a promotoria poderia pedir a
pena de morte.
Mas depois de ter atirado nos dois policiais, o
criminoso fez mais três tiros contra o sargento caído. O tiro que o matou
atravessou o colete e atingiu o tórax.
Ele foi o primeiro policial morto em mais de duas décadas no condado de Tulsa (400 mil habitantes).
Então,
o chefe de polícia abriu a coletiva de imprensa dizendo que criminosos
"possuem mais direitos" que cidadãos e policiais, e que a sociedade "não
deveria" ver um criminoso ser executado, "mas aqui estamos assistindo a
execução dum policial. Que tipo de sociedade é essa?"
Infelizmente, os colegas americanos estão experimentando aquilo que conhecemos faz tempo.
Tenho a esperança que a ocorrência traga luz sobre o procedimento mais adequado para tratar algo semelhante no futuro.
Inicialmente,
penso que a negativa em obedecer às ordens e qualquer indagação sem
sentido sobre a ação policial representam um comportamento perigoso. O
que o suspeito esconde? Porque não quer interagir?
Sair e voltar para o carro é sempre um outro grande risco. Ele pegou uma arma?
Com
base nisso e na dificuldade de obter a cooperação do suspeito, a equipe
pode reavaliar a situação e tratar como um "indivíduo barricado".
Daí,
outros recursos podem ser usados: cerco, cães, gás lacrimogêneo, jato
d'água, etc. Todas essas ações protegem o policial do contato físico com
o suspeito que apresenta um comportamento perigoso. Por isso, todas essas tecnologias DEVEM estar disponível SEMPRE para todos os policiais que realizam o patrulhamento diário ou as investigações de crimes.
Muitas vezes o perigo não está só naquilo que você vê, mas no que você desconhece.
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