Certamente você já participou de uma aula de tiro aonde instrutores, alunos e policiais usavam coletes balísticos.
Então, uma questão é evidente: isso é necessário?
Se o treino envolve o equipamento que o policial utiliza na atividade operacional, o colete é uma obrigação.
Significa
que ele está desenvolvendo a habilidade de operar e interagir com o
material, além de avaliar possíveis adaptações e ajustes. Isso é
importante num treino com armas longas, aonde são aplicados exercícios
de troca de carregador, panes, transição, posições incomuns, etc.
Mas
se o treino não exige o colete balístico, porque a habilidade executada
não está vinculada ao equipamento, seu uso é desnecessário. Por exemplo, quando
o policial está desenvolvendo a habilidade de tiro ou aprendendo algo
novo.
É claro que o colete pode ser incluído depois, quando a habilidade aprendida será conectada ao uso de todos os equipamentos.
Assim, o uso do colete depende do treino, do objetivo e da forma como a habilidade está sendo formada.
O
uso do colete inadequado ou mal ajustado pode ter um efeito contrário
na segurança na linha de tiro. Como muitos dos coletes não são feitos
para o porte da arma na cintura, não é raro o policial ter dificuldade
para sacar a arma, ver o coldre e coldrear.
Numa situação assim,
o aluno acaba inserindo o dedo no gatilho, apontando a arma para o
próprio corpo e realizando movimentos atabalhoados na ânsia de seguir o
"timing" do exercício.
Outro aspecto da relação colete e coldre é que muitos policiais pensam que podem se comportar como se estivessem à paisana.
Eles
querem usar o colete com o mesmo coldre que usam quando estão à paisana e o mesmo posicionamento do dia a dia.
Assim, não é raro ver policiais com porte frontal ou traseiro e coldres
internos usando coletes também.
O colete exige o porte ostensivo
com coldre lateral externo (com alguma distância para baixo ou para o
lado), permitindo a primeira empunhadura livre e rápida, especialmente se a
arma curta for a única arma de fogo do policial.
Por isso é arriscado treinar com o colete como se estivesse de folga ou com o equipamento inadequado.
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