Bancos checam o acesso de policiais armados. Fóruns impedem a entrada de policiais armados, inclusive em serviço.
E as polícias?
Unidades policiais deveriam ser ambientes repletos de homens e mulheres armados. Todos portando carregadores sobressalentes, distintivos no peito, algemas. Todos com crachás.
Desconhecidos e pessoas não identificadas deveriam ser interpeladas. Ninguém andaria sem "escolta".
Coletes balísticos sobre as cadeiras, gente limpando pistolas e fuzis, fotos emolduradas de operações policiais, murais em honra aos colegas assassinados, quadros com fotos de procurados, etc.
Em algum lugar, um tatame e um saco de areia pra ser socado e chutado com força. Aparelhos de musculação.
Ao lado, um estande de tiro e munição à vontade com treino orientado.
Mas como pensar nisso se o dever de casa parece não estar sendo feito? Como se sentir policial quando acreditamos que estamos numa repartição pública comum?
Quantos ainda serão mortos porque preferem trabalhar sozinhos? Quantos serão assassinados porque não fazem a busca pessoal? Quantos ficarão em risco porque ninguém controla quem entra e quem sai da unidade policial?
Todos os dias colegas desarmados lidam, sozinhos, com investigados. E a única coisa que os separa é uma mesa, normalmente cheia de objetos que podem ser usados como arma (furadores de papel, estiletes, grampeadores, tesouras).
Isso significa que em breve teremos mais notícias como a que ilustra este texto.