- A arma é de brinquedo, o Taser não tem bateria, a faca é de plástico e a gasolina é guaraná!
- Você tem certeza?
- Acho que sim...talvez!
Quando
vidas estão em risco, ainda mais quando são 37 vidas (e 37 famílias), a
polícia não pode se dar ao luxo de estabelecer um nível mais baixo de
força. Até porque testemunhas de eventos estressantes têm dificuldade
para observar e informar com precisão os acontecimentos que vivenciaram.
Portanto,
a polícia precisa estabelecer um nível de força capaz de preservar as
vidas dos inocentes (mesmo que outra vida tenha que ser tomada). A
motivação do criminoso pode ajudar o negociador a dar um norte na
condução do processo.
Mas a natureza dessas ocorrências talvez
permita que a polícia colete fragmentos de dados depois. E então, no
futuro, isso pode ajudar o país a compreender todo o contexto.
Contudo,
o importante é o que se pode fazer AGORA. E considerando que o
criminoso já havia deixado o ônibus e retornado pro seu interior algumas
vezes, é de se imaginar que sua arrogância e confiança estivessem
aumentando. Bem como o medo, a raiva e seu grau de violência por se
supor num beco sem saída.
Então o colega, de cima de uma viatura
do Corpo de Bombeiros, fez o que era certo: impediu que o criminoso
retornasse para o ônibus carregando um nível ainda mais elevado
prepotência.
A decisão de provocar o mal, invisível aos olhos de todos, não poderia entrar naquele ônibus de novo.
E
a história policial nacional tem mostrado que a hesitação nesses casos
carrega consequências trágicas para as vítimas. - Mas foram vários
disparos!
Esse é um julgamento que cabe ao policial que está na ocorrência e atrás do aparelho de pontaria.