"Algo está muito mal quando as pessoas de boa vontade consideram que
para viver em paz é preciso estar armado", foi o que afirmou o Senador
C. B.
Como policial, é meu dever informar que o Senador está certo. Algo está
muito mal! Mas não são as armas a razão do problema. Graças a Deus elas existem!
Não há algo mais reconfortante que portar uma arma o dia todo, pois não existe
nada melhor para resistir a um ataque criminoso do que outra arma de fogo.
Na verdade o problema é a benevolência generalizada em relação aos criminosos,
o que eles fazem e o que representam. Então, antes de tornar público a terceira
(e talvez a quarta parte) desse artigo, compartilho o texto denominado "A
arma é civilização".
Porque a arma é civilização
Marko kloos
As pessoas só
possuem duas maneiras de lidar umas com as outras: pela razão e pela força. Se
você quer que eu faça algo para você, você tem a opção de me convencer via
argumentos ou me obrigar a me submeter à sua vontade pela força.
Todas as interações
humanas recaem em uma dessas duas categorias, sem exceções. Razão ou força, só
isso.
Em uma sociedade
realmente moral e civilizada, as pessoas somente interagem pela persuasão. A
força não tem lugar como método válido de interação social e a única coisa que a
remove da equação é uma arma de fogo (de uso pessoal), por mais paradoxal que
isso possa parecer.
Quando eu porto uma
arma, você não pode lidar comigo pela força. Você precisa usar a razão para
tentar me persuadir, porque eu possuo uma maneira de anular suas ameaças ou o uso
da força. A arma de fogo é o único instrumento que coloca em pé de igualdade
uma mulher de 50 Kg e um assaltante de 105 Kg; um aposentado de 75 anos e um
marginal de 19, e um único indivíduo contra um carro cheio de bêbados com
bastões de baseball.
A arma de fogo
remove a disparidade de força física, tamanho ou número entre atacantes em potencial
e alguém se defendendo.
Há muitas pessoas
que consideram a arma de fogo como a causa do desequilíbrio de forças. São
essas pessoas que pensam que seríamos mais civilizados se todas as armas de
fogo fossem removidas da sociedade, porque uma arma de fogo deixaria o trabalho
de um assaltante (armado) mais fácil.
Isso, obviamente,
somente é verdade se a maioria das vítimas em potencial do assaltante estiver
desarmada, seja por opção, seja em virtude de leis – isso não tem validade
alguma se a maioria das potenciais vítimas estiver armada.
Quem advoga pelo
banimento das armas de fogo opta automaticamente pelo governo do jovem, do
forte e dos em maior número, e isso é o exato oposto de uma sociedade
civilizada.
Um marginal, mesmo
armado, só consegue ser bem sucedido em uma sociedade onde o Estado lhe garantiu
o monopólio da força. Há também o argumento de que as armas de fogo transformam
em letais confrontos que, de outra maneira, apenas resultariam em ferimentos.
Esse argumento é
falacioso sob diversos aspectos. Sem armas envolvidas, os confrontos são sempre
vencidos pelos fisicamente superiores, infligindo ferimentos seríssimos sobre
os vencidos.
Quem pensa que os
punhos, bastões, porretes e pedras não constituem força letal, estão assistindo
muita TV, onde as pessoas são espancadas e sofrem no máximo um pequeno corte no
lábio.
O fato de que as
armas aumentam a letalidade dos confrontos só funciona em favor do defensor
mais fraco, não do atacante mais forte. Se ambos estão armados, o campo está
nivelado.
A arma de fogo é o
único instrumento que é igualmente letal nas mãos de um octogenário quanto de
um halterofilista. Elas simplesmente não funcionariam como equalizador de forças
se não fossem igualmente letais e facilmente empregáveis.
Quando eu porto uma
arma, eu não o faço porque estou procurando encrenca, mas por que espero ser
deixado em paz. A arma na minha cintura significa que eu não posso ser forçado,
somente persuadido. Eu não porto arma porque tenho medo, mas porque ela me
permite não ter medo. Ela não limita as ações daqueles que iriam interagir comigo
pela razão, somente daqueles que pretenderiam fazê-lo pela força. Ela remove a
força da equação.
E é por isso que
portar uma arma é um ato civilizado. Então, a maior civilização é onde todos os
cidadãos estão igualmente armados e só podem ser persuadidos, nunca forçados.
Para finalizar, responda comigo as seguintes perguntas:
Como o Estado defende presidentes e ministros? Com armas de fogo.
Como o Estado defende deputados e senadores? Com armas.
Como o Estado defende governadores e deputados estaduais? Com armas.
Como a Justiça defende juízes e tribunais? Com armas.
Como o Ministério Público defende promotores? Com armas.
Como os banqueiros defendem seus bancos? Com armas.
Como as celebridades se defendem nas ruas e em casa? Com armas.
Como os empresários defendem seus shopping centers? Com armas.
Como a polícia defende suas delegacias? Com armas.
Como as forças armadas defendem os quartéis? Com armas.
Como os turistas estrangeiros serão protegidos nos eventos esportivos? Com
armas.
E como você e sua família são defendidos? Com a sorte.
*Agradecimentos especiais: Glock, Sig Sauer, CZ, Browning, Colt, Jericho,
Smith & Wesson, Beretta, Benelli, HK, Steyr, FN, Galil, Armalite, Ruger,
Famas, Walther, Desert Eagle, Uzi, Franchi, Barret, Remington, Saiga, Mossberg,
Winchester e Bushmaster.
Excelente e impecável, como sempre!
ResponderExcluirJamais vi artigo tão sólido como esse sobre o direito das pessoas de bem terem armas para enfrentarem a bandidagem.
ResponderExcluirSimplesmente sensacional... Digno de não ter argumento suficientemente legal e lúcido quem se atreva a se opor ao dito aqui. Parabéns mais uma vez caro Humberto!
ResponderExcluirApoiado!
ResponderExcluirPela paz armada, enquanto não se promove a paz amada!
Parabéns!
Não passa de uma política armamentista querendo ser instaurada no país. Tenho arma e não acho que seja a solução dos problemas de segurança que vivemos. Os EUA estão passando por sérios problemas devido à violência e loucuras.
ResponderExcluirTalvez então, meu caro, seja viável entregar a sua se você não a utiliza obrigatoriamente no desempenhar de um cargo público. Não sei se é ou não mera política, sei que muitos homens e mulheres de bem poderiam ter deixado de morrer se tivessem meios de se autodefender frente a um marginal armado que nada tem a perder...
ExcluirProblemas sempre haverão, e caberá ao Estado estudar formas de diminuí-los. Certo também é que milhares de cidadãos americanos ja DEIXARAM DE TER PROBLEMAS por estarem devidamente e legalmente armados para defesa própria e de sua família. Somente num mundo utópico coisas ruins deixarão de acontecer, visto que o ser humano é falho por natureza. Ou se desarma todo mundo (inclusive os marginais), ou se deixa que cidadãos se protejam, um meio termo não existe.
Anônimo, os EUA têm muito mais armas em circulação e muito menos crime envolvendo arma, se comparado ao Brasil.
ExcluirQuando alguém resolve cometer um crime usando uma arma, seja roubo ou mesmo atentado terrorista, outras pessoas vão pôr fim à esse ato usando uma arma de fogo. Logo, podemos perceber a importância do acesso livre às armas de fogo.
Podemos também entender como os EUA são uma país sério e o Brasil, não; quando o assunto é legítima defesa. Após casos de pessoas desequilibradas que entraram em colégios para matar os alunos e professores - atitude nos EUA é: oferecer armamento e treinamento para os professores e mudar a doutrina policial para que qualquer policial aja assim que chegar ao local. O que fizeram aqui no Brasil? Uma reforma na escola para esquecer o acontecido e um guarda municipal na porta cuja única arma é uma tonfa.
Não podemos esquecer como a situação da Escola Tasso da Silveira foi resolvida. Um Sargento da Polícia Militar portando um fuzil Colt M4A1 5.56x45mm NATO pôs fim ao atentado. Infelizmente, não havia nenhum professor armado na escola.
Agora, posso lhe afirmar que na maioria dos colégios privados do Brasil há seguranças armados. Alguns contam com segurança improvisada (Policial de folga fazendo bico), mas os mais caros contratam uma empresa de segurança e com um projeto bem feito de segurança, protegem muito bem o estabelecimento educacional.
Fazendo um adendo do comentário do caro anônimo. Realmente e infelizmente, a Guarda Municipal do Rio não usa arma de fogo.
ExcluirSabemos que a Guarda Municipal não é responsável pela segurança pública, e sim, pela segurança dos bens, serviços e instalações municipais. Entretanto, poderia muito bem portar armas de fogo para garantir com mais eficiência a proteção dos cidadãos onde somente há Guardas.
Em parques municipais onde somente os Guardas são responsáveis pela segurança, poderá acontecer e, na verdade, já houve vários casos de roubo e estupro com os criminosos armados, e os Guardas somente podem ligar para o 190, pois não têm armas de fogo.
Só que há uma exceção deveras curiosa. O grupo de guarda-costas responsável pela proteção pessoal do Prefeito do Rio de Janeiro, além de contar com Policiais Militares cedidos pelo estado, há alguns Guardas Municipais que recebem, excepcionalmente, treinamento e autorização para portar armas de fogo. Estranho, não é?
E há também alguns Guardas que por serem ameaçados durante o serviço, estão buscando e conseguindo o porte de arma como civil no DPF, muitos, inclusive, vão para o serviço armados; porém, precisam deixar a arma de fogo guardada nos armários durante o expediente. Triste realidade.
Muito bom comentário! Uma das características que eu levei em consideração para escolher a escola dos meus filhos foi essa possuir segurança armada.
ExcluirTodos os agentes vestem terno e portam uma pistola Taurus .380, e além do treinamento básico de vigilante, passaram pelo treinamento de segurança pessoal privada, segundo o diretor da escola com quem eu conversei.
Sinto, realmente, que os meus filhos estão protegidos lá.
Augusto Cubas, mesmo se o marginal não tiver arma, o cidadão deve ter. Pois superioridade não está apenas em ter arma de fogo, e sim, em número, força física, armas improvisadas.
ExcluirEu assisti a um vídeo recentemente em que aparecem 12 (doze!) homens armados com facões para roubar um restaurante, ao ver a aproximação dos criminosos, o responsável pelo estabelecimento sai portando um revólver bem pequeno e espanta todos os 12 homens. Isso não aconteceu aqui no Brasil.
Outra situação, essa aqui do Brasil. Um senhor de 70 anos é perseguido por um jovem lutador de artes marcias que mora no mesmo prédio. Em um noite, na garagem do prédio, o jovem vai agredir o senhor. O que acontece? O senhor saca seu revólver .32 (registrado) e dispara contra o chão, evitando de ser agredido. Chega a Polícia, prende o senhor por disparo de arma de fogo, tira arma do senhor e o deixa voltar para casa desarmado. Ah, e nada acontece com o jovem, ele se tornou vítima.
Política armamentista? O que ocorre no Brasil é totalmente ao contrário... O autor desse blog faz um excelente trabalho. Tenta conscientizar as pessoas com argumentos incotestáveis.
ExcluirSe você não quer portar armas. Ok. É um direito seu. Mas quem quer portar deve ter esse direito!
Esse senador no qual eu sempre votei pergunto ele renunciou ao mandato? Meu voto nunca mais.
ResponderExcluirPerfeito esse comentário
ResponderExcluirPela paz armada, enquanto não se promove a paz amada!
PS: Humberto, terminei o livro, excelente, só tenho a agradecer!
Ex SD PM PI
A maioria da população votou contra o desarmaneto e mesmo assim o governo impõe goala absixo o estatuto do desrtamento. Tirando o direito de auto defesa do cidadão.
ResponderExcluirTenho certeza que nos USA tem menos bandido de oportunidade, porque ele sabe que todo mundo anda armado. Então não adianta apontar uma arma para qualquer um, porque depois de 10 passos o assaltado vai gritar e 10 vão vir com armas muito maiores do que aquela que o vigarista estava usando.
ResponderExcluirAqui nessa bela fazenda, não! O assaltante tem o PODER. Sabe que em 90% dos casos vai pegar um cara desarmado ou 10 deles, dentro de uma padaria.
Notaram Imbel e Taurus no fim do agradecimento? Hehehe, "tudo friamente calculado", como dia o Chapolin.
ResponderExcluirCristovam é um belo de um corvarde, pra nao dizer pior. Antes do Renan assumir as pontas no senado ele publicou um texto sobre a necessidade de etica e um presidente etico no tal recinto. Depois que Renan assumiu o cargo, cadê que ele fez alguma coisa com a prerrogativa de senador conferida a ele, contra? Bundão!
Abs!
Meu nome é Paulo Albuquerque e sou diretor técnico e fundador da Kombato Ltda, empresa que tem, dentre seus clientes, a segurança presidencial, marinha do Brasil, Rede Globo de Televisão. Adquiri seu livro, depois de uma aluna minha, Lia, emprestar o livro.
ResponderExcluirAchei ele simplesmente sensacional. É difícil eu elogiar algum material produzido no Brasil, mas o seu realmente merece todos os comentários positivos. Só fico triste por eu mesmo não ter escrito este livro!
Meu email: mestre.kombato@gmail.com
Meu site: www.kombato.org
Meu Blog: blog.kombato.org
Meus videos: www.youtube.com/kombato
Nossa realidade: Bandido armado e cidadão em apuros.
ResponderExcluir