Depois de um dia de trabalho, um policial encerrou sua atividade, tirou o uniforme e voltou para casa. Enquanto dirigia seu carro, ele percebeu uma barreira policial logo à frente. Como profissional experiente, o policial reduziu a velocidade, baixou os vidros, desligou o farol – mantendo apenas o farolete – e tentou localizar algum colega para saber se seguia ou não seu caminho. Ele fez isso porque queria facilitar o trabalho dos colegas. Ele viu um policial ocupado, e então continuou dirigindo devagar. De repente, uma policial mandou que ele parasse enquanto gritava: “Num está vendo que é uma abordagem? Quer levar um tiro?”. Pronto! O policial parou o carro, se identificou e a confusão se instalou.
Parece fantasia, mas isso aconteceu realmente, e numa cidade do interior. E apesar de você, como policial, estar “acostumado” com o crime e a violência, nunca há espaço para entender e aceitar a brutalidade e o despreparo com os quais alguns colegas lhe abordam.
A narrativa releva três graves e tristes fatos em relação aos incontáveis desentendimentos entre colegas policiais.
O primeiro fato é que muitos policiais desconhecem a importância do seu trabalho para a sociedade. Assim, é preciso aprender e reconhecer que para se perpetuar a paz deve-se combater a violência, e não promovê-la desnecessariamente. Pouquíssimos homens são capazes de negar a necessidade de se combater os assassinos, os torturadores, os assaltantes, os ladrões, os estupradores, os traficantes, os contrabandistas, os falsificadores, os golpistas, os corruptos, etc. No mundo inteiro, o preço por esta democracia e pela civilização é pago por cada policial engajado neste confronto de vida ou morte. Assim, cada policial deve entender que seu dever fundamental é servir à sociedade; resguardar vidas e propriedades; proteger o inocente contra a artimanha; o fraco contra a intimidação; a tranquilidade contra a violência e a desordem; respeitando os direitos de todo cidadão em benefício da liberdade, da justiça e da paz. Portanto, no dever policial não há lugar para se combater outro policial.
O segundo fato é que sempre que um policial avança um sinal vermelho, faz um retorno proibido, dirige em alta velocidade, xinga, grita, saca uma arma ou pergunta se você quer levar um tiro – tudo isso sem necessidade – ele envia uma clara mensagem de que está despreparado para exercer bem e de modo confiante sua tarefa de proteger e ajudar o cidadão. Além do mais, perguntar para qualquer pessoa insuspeita se ela quer levar um tiro, demonstra o quanto é perigoso para alguém – e para outros policiais também – ser abordado nestas barreiras. Significa que o policial que faz uma pergunta desta natureza não sabe em que circunstância está autorizado a usar a força letal. Muitas pessoas não param nas blitze porque são surdas, não enxergaram o comando para parar, estão com medo, etc. Algumas vezes, estas operações são tão descoordenadas que um policial manda o motorista seguir, e outro manda o mesmo motorista parar.
E o terceiro fato, mas não menos importante, é que enquanto alguns policiais brigam entre si, todos perdem a capacidade de perceber quem é o verdadeiro inimigo. Você sabe que seu dever como policial é perigoso. As responsabilidades que acompanham sua tarefa são muitas: prisão e interrogatório de criminosos, investigação de situações e pessoas suspeitas (arrombamentos e roubos em andamento), atendimento às ocorrências de distúrbios (discussões entre familiares, brigas em bares, pessoas armadas e disparos em vias públicas), operações de inteligência (infiltração em ambientes hostis, vigilância e ações veladas), perseguições automotivas, barreiras policiais, trato com indivíduos mentalmente perturbados e custódia de prisioneiros, para citar algumas. Se isso não bastasse, muitos policiais tornam-se vítimas de emboscadas criminosas simplesmente por causa de suas escolhas profissionais. Pense nisto: enquanto policiais brigam, criminosos cavam túneis e fogem. Amanhã, eles estarão livres para matar alguém que você ama.
Portanto, o trabalho contra o crime e a apreensão em relação à sua segurança não podem eliminar sua habilidade de se adaptar às circunstâncias e sua capacidade para ser um profissional firme, porém cordial com o cidadão que precisa confiar em você. Ainda mais se este cidadão for um colega de trabalho que algum dia pode salvar sua vida.
Parece fantasia, mas isso aconteceu realmente, e numa cidade do interior. E apesar de você, como policial, estar “acostumado” com o crime e a violência, nunca há espaço para entender e aceitar a brutalidade e o despreparo com os quais alguns colegas lhe abordam.
A narrativa releva três graves e tristes fatos em relação aos incontáveis desentendimentos entre colegas policiais.
O primeiro fato é que muitos policiais desconhecem a importância do seu trabalho para a sociedade. Assim, é preciso aprender e reconhecer que para se perpetuar a paz deve-se combater a violência, e não promovê-la desnecessariamente. Pouquíssimos homens são capazes de negar a necessidade de se combater os assassinos, os torturadores, os assaltantes, os ladrões, os estupradores, os traficantes, os contrabandistas, os falsificadores, os golpistas, os corruptos, etc. No mundo inteiro, o preço por esta democracia e pela civilização é pago por cada policial engajado neste confronto de vida ou morte. Assim, cada policial deve entender que seu dever fundamental é servir à sociedade; resguardar vidas e propriedades; proteger o inocente contra a artimanha; o fraco contra a intimidação; a tranquilidade contra a violência e a desordem; respeitando os direitos de todo cidadão em benefício da liberdade, da justiça e da paz. Portanto, no dever policial não há lugar para se combater outro policial.
O segundo fato é que sempre que um policial avança um sinal vermelho, faz um retorno proibido, dirige em alta velocidade, xinga, grita, saca uma arma ou pergunta se você quer levar um tiro – tudo isso sem necessidade – ele envia uma clara mensagem de que está despreparado para exercer bem e de modo confiante sua tarefa de proteger e ajudar o cidadão. Além do mais, perguntar para qualquer pessoa insuspeita se ela quer levar um tiro, demonstra o quanto é perigoso para alguém – e para outros policiais também – ser abordado nestas barreiras. Significa que o policial que faz uma pergunta desta natureza não sabe em que circunstância está autorizado a usar a força letal. Muitas pessoas não param nas blitze porque são surdas, não enxergaram o comando para parar, estão com medo, etc. Algumas vezes, estas operações são tão descoordenadas que um policial manda o motorista seguir, e outro manda o mesmo motorista parar.
E o terceiro fato, mas não menos importante, é que enquanto alguns policiais brigam entre si, todos perdem a capacidade de perceber quem é o verdadeiro inimigo. Você sabe que seu dever como policial é perigoso. As responsabilidades que acompanham sua tarefa são muitas: prisão e interrogatório de criminosos, investigação de situações e pessoas suspeitas (arrombamentos e roubos em andamento), atendimento às ocorrências de distúrbios (discussões entre familiares, brigas em bares, pessoas armadas e disparos em vias públicas), operações de inteligência (infiltração em ambientes hostis, vigilância e ações veladas), perseguições automotivas, barreiras policiais, trato com indivíduos mentalmente perturbados e custódia de prisioneiros, para citar algumas. Se isso não bastasse, muitos policiais tornam-se vítimas de emboscadas criminosas simplesmente por causa de suas escolhas profissionais. Pense nisto: enquanto policiais brigam, criminosos cavam túneis e fogem. Amanhã, eles estarão livres para matar alguém que você ama.
Portanto, o trabalho contra o crime e a apreensão em relação à sua segurança não podem eliminar sua habilidade de se adaptar às circunstâncias e sua capacidade para ser um profissional firme, porém cordial com o cidadão que precisa confiar em você. Ainda mais se este cidadão for um colega de trabalho que algum dia pode salvar sua vida.
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